A história da arquitetura e do urbanismo é marcada por transformações que refletem as mudanças sociais, culturais e políticas de cada época. Na transição da Idade Média para a Renascença, surge uma crítica à estética medieval, caracterizada pela verticalidade e austeridade das construções góticas, que carregavam um simbolismo espiritual e transcendental. Com o Renascimento, há um retorno aos valores da antiguidade clássica e uma busca pela harmonia, simetria e proporção, inspirada nos estudos de filósofos e matemáticos gregos e romanos. Essa era renascentista não é uniforme, e desenvolve várias vertentes na arquitetura e nas artes, do humanismo de Florença ao naturalismo de Veneza.

Na arquitetura neoclássica brasileira, especialmente no século XIX, esses ideais foram adotados nas construções públicas e nas reformas urbanas, como as realizadas no Rio de Janeiro, que incluíram o alargamento de ruas e a criação de praças, seguindo o projeto urbanístico neoclássico que valorizava o espaço aberto e a circulação. O neoclassicismo tornou-se símbolo de modernidade e progresso, e o planejamento urbano dessa época introduziu elementos que refletiam o poder e a ordem do Estado, destacando uma arquitetura que se pretendia imponente, ao mesmo tempo simples e grandiosa.

Esse percurso, do renascimento ao neoclassicismo, demonstra a evolução do pensamento arquitetônico e urbanístico, onde cada estilo e movimento foram moldados pelas necessidades e aspirações da sociedade, sempre dialogando com o que veio antes e preparando o terreno para as inovações futuras.

Este curso se destina aos alunos e Profissionais da área de Arquitetura e Urbanismo, assim como o Público em geral interessado pelo tema.

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