A abdicação de D. Pedro I esteve relacionada à crise que havia se instaurado nos dois lados do Império: Brasil e Portugal. A Revolução do Porto de 1820 exigia que Portugal voltasse a ocupar lugar central na administração do Império, vitória que conquistou a Instituição da regência do monarca D. João VI a Lisboa em 1821. Mas o Rei havia deixado para trás seu filho como regente de um Brasil diferente daquele em que havia desembarcado em 1808, um Brasil do qual ainda não pretendia abrir mão.

A abdicação de D. Pedro I e a crise política subsequente foram eventos decisivos na história do Brasil, que moldaram a trajetória política e social do país. A transição para o governo de D. Pedro II e o período de regência foram marcos importantes na construção do Império Brasileiro e na definição das instituições e políticas que caracterizariam o Brasil imperial.

Neste curso, você irá entender como a ilusão de que a Independência, oficialmente proclamada em 1822, traria a autonomia e o fortalecimento de ideais liberais para o Brasil, foi desfeita por revoltas internas, anos e muito dinheiro gasto na Guerra da Cisplatina e numa crise econômica, política e social. Você compreenderá também como o Imperador D. Pedro I terminou por voltar a Portugal, repetindo o ato do pai: também deixou seu filho, um menino de 5 anos, como regente do Brasil.

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